Ter carro é luxo ou burrice financeira? Descubra o que os ricos pensam

Ter carro é luxo ou burrice financeira? Ilustração simbólica de carro gerando custo financeiro.

Ter carro é luxo ou burrice financeira? Essa dúvida tem tirado o sono de muitos brasileiros. Em um cenário de juros altos, inflação e novas opções de mobilidade, entender se o carro é um ativo ou um passivo pode fazer toda a diferença no seu bolso.

Comprar um carro é, para muitos, um dos primeiros sinais de “sucesso” financeiro. Mas será que manter um veículo próprio ainda faz sentido em 2025? Ou será que é apenas um grande ralo de dinheiro disfarçado de conquista?

Neste post, vamos analisar os custos invisíveis de ter um carro, comparar com outras opções e entender como os bilionários pensam sobre esse assunto.


O carro dos sonhos ou o pesadelo financeiro?

Você economiza por meses, talvez anos. Faz um financiamento. Compra aquele carro que sempre sonhou. Nos primeiros meses, é só alegria. Mas, com o tempo, começam a aparecer os custos ocultos:

  • Seguro obrigatório e particular;
  • Manutenção preventiva e corretiva;
  • IPVA, licenciamento, multas;
  • Combustível;
  • Depreciação.

Segundo uma reportagem da Exame, o brasileiro pode gastar até 25% da renda mensal só para manter um carro popular, mesmo que não o use diariamente. Isso sem considerar imprevistos, como batidas ou problemas mecânicos.

Afinal, ter carro é luxo ou burrice financeira? Ao analisar friamente os custos e o retorno, fica claro que a resposta depende mais da sua mentalidade do que do veículo em si.

Além disso, é essencial considerar o uso real que você faz do carro. Se ele passa 90% do tempo parado na garagem e só é utilizado ocasionalmente para lazer, o custo-benefício tende a ser ainda mais negativo. Nesse caso, alternativas como alugar um carro apenas quando necessário ou usar apps de transporte podem gerar uma economia significativa — sem abrir mão da mobilidade.

👉Veja : Exame – Quanto custa manter um carro?


Ter carro é luxo ou burrice financeira: ativo ou passivo?

Aqui está o ponto-chave para quem quer pensar como bilionário: carro não é ativo, é passivo. Ele perde valor com o tempo, gera custos constantes e, na maioria dos casos, não gera retorno financeiro.

Robert Kiyosaki, autor de “Pai Rico, Pai Pobre“, já dizia:

“Ativos colocam dinheiro no seu bolso. Passivos tiram.”

Mesmo que você use o carro para trabalhar, é preciso fazer as contas: será que ele está gerando mais receita do que despesa?


Alternativas inteligentes: o que os ricos fazem?

Os bilionários geralmente não compram carros por status. Jeff Bezos, por exemplo, usava um Honda velho mesmo já sendo bilionário. Elon Musk só adquiriu carros de luxo após construir sua fortuna.

Hoje, com a popularização dos apps de transporte (Uber, 99, etc.), aluguel de veículos por hora e bicicletas/scooters compartilhadas, a necessidade de um carro próprio caiu drasticamente nas cidades.

📉 Segundo um estudo da CNN Brasil, usar carro próprio custa até três vezes mais do que usar transporte por aplicativo com frequência.


Por que ter carro pode ser luxo ou burrice financeira?

Vamos colocar os números na mesa.

Imagine um carro de R$ 60.000 financiado em 60 meses com juros. Você pagará quase R$ 90.000 ao final. Some a isso:

  • Combustível (R$ 500 a R$ 800/mês),
  • Seguro (R$ 1.500 a R$ 3.000/ano),
  • IPVA (cerca de 4% ao ano),
  • Manutenção média de R$ 1.000 por semestre.

Agora pense: e se esses valores estivessem investidos mensalmente em renda variável ou em fundos imobiliários? O crescimento patrimonial seria significativo com o tempo.


Quando ter carro pode valer a pena?

Nem tudo é preto no branco. Existem situações onde o carro é justificável — ou até necessário:

  • Você mora em área rural ou sem transporte público eficiente.
  • Trabalha como motorista de aplicativo, entregador ou representante externo.
  • Tem uma família grande ou necessidade de mobilidade frequente.

Nesse caso, o ideal é optar por carros econômicos, seminovos e pagos à vista sempre que possível. Fugir de financiamentos com juros altos é essencial.


O fator emocional: status, ego e pressão social

Muitas vezes, o desejo por um carro não é racional. É emocional.

O carro vira símbolo de liberdade, sucesso e prestígio. Mas, como reforçamos aqui no blog Mente Bilionária, bilionários não se guiam por status — eles se guiam por retorno sobre o investimento.

Não caia na armadilha de viver uma aparência que atrasa sua independência financeira.

Por outro lado, repensar a ideia de “conquista” também pode mudar sua trajetória. Em vez de buscar status imediato com bens materiais, que se desvalorizam, você pode investir em ativos que aumentam de valor com o tempo. Assim, enquanto muitos correm atrás de aparência, você avança silenciosamente na construção da sua verdadeira riqueza.

Carro consumindo dinheiro, simbolizando que veículo próprio pode ser um passivo financeiro

Como pensar como investidor e não como consumidor

A pergunta não deve ser apenas “eu posso comprar?”, mas sim:
👉 “Qual o custo de oportunidade de comprar esse carro agora?”

Ou seja, o que você deixará de ganhar se investir esse valor?

Um jovem que decide alugar um carro apenas quando precisa e investe os R$ 2.000/mês que gastaria mantendo um veículo, pode acumular em 20 anos mais de R$ 1 milhão em aplicações bem direcionadas. Isso sim é liberdade.


Dica bilionária final

Antes de comprar um carro, simule o impacto no seu orçamento mensal, faça as contas de todos os custos envolvidos e compare com outras soluções.

Se a sua prioridade é construir patrimônio, fique longe de passivos disfarçados de conquistas.


Conclusão: ter carro é luxo ou burrice financeira?

No fim das contas, ter carro não é um erro em si — mas pode ser um erro estratégico se feito por impulso, status ou sem planejamento. Carro é custo. E custo precisa ser calculado.

No fim das contas, ter carro é luxo ou burrice financeira quando a decisão é tomada por impulso, status ou pressão social, sem considerar o custo de oportunidade.

Bilionários dirigem o próprio dinheiro, não apenas o próprio veículo.

Além disso, é importante considerar que o cenário econômico atual exige ainda mais cautela. Enquanto os preços dos carros continuam subindo, os custos com manutenção, seguro e impostos também não param de aumentar. Por isso, antes de tomar uma decisão impulsiva, vale refletir profundamente sobre o impacto que isso terá no seu orçamento de longo prazo.

Por fim, lembre-se: embora comprar um carro possa parecer uma conquista imediata, o verdadeiro ganho está em fazer escolhas conscientes e alinhadas com seus objetivos financeiros. Assim, ao priorizar a construção de patrimônio, ao invés de ostentar bens que se desvalorizam, você avança com mais solidez rumo à tão sonhada liberdade financeira.

Não perca também: Como começar a investir com pouco dinheiro no Brasil em 2025

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